Primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni.  | Foto: Divulgação

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse em entrevista nesta sexta-feira (29) ao jornal italiano Corriere della Serra que estava "enjoada" com a descoberta de que havia fotos dela e de outras mulheres publicadas em um site pornográfico. A premiê pediu uma identificação rápida e punição "com a maior firmeza" dos responsáveis.

Além de Meloni, diversas outras mulheres estavam com fotos no portal, desde a irmã da primeira-ministra, Arianna, a líder da oposição, Elly Schlein, e outras italianas. A plataforma Phica (um trocadilho com a palavra vagina em italiano) encerrou as atividades por conta do caso, culpando os cerca de 700 mil assinantes por usar a plataforma "incorretamente".

"Estou enojada com o que aconteceu. Quero expressar minha solidariedade e apoio a todas as mulheres que foram ofendidas, insultadas e violadas. É desanimador observar que, em 2025, ainda existam aqueles que consideram normal e legítimo pisotear a dignidade de uma mulher e a atacar com insultos sexistas e vulgares, escondendo-se atrás do anonimato ou de um teclado", afirmou Meloni.

As fotos eram acompanhadas de legendas sexistas e de teor sexual sobre as mulheres. Todas foram retiradas de contas pessoais nas redes sociais ou de fontes públicas.

Além da divulgação, os usuários do site ampliavam partes do corpo para retratar as mulheres em posições sexuais.

Na semana passada, o Meta fechou uma conta italiana do Facebook chamada Mia Moglie ("Minha esposa"), na qual homens trocavam fotos íntimas de suas esposas ou mulheres desconhecidas.

Uma investigação contra o Phica está sendo realizada pela polícia italiana após denúncias oficiais do governo e de diversos partidas. Imagens adulteradas de mulheres famosas apresentadas na "seção VIP" do site.

"Conteúdo considerado inofensivo pode, nas mãos erradas, se tornar uma arma terrível. E todos nós precisamos estar cientes disso", completou a premiê.