Foto: Michael Melo/Metrópoles
Os preços de bens e serviços do país caíram 0,11% em agosto, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10/9). Essa foi a primeira deflação registrada neste ano, após sete meses seguidos de aumento dos preços.
O resultado do mês passado ficou abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro. A mediana das previsões do relatório Focus era queda de 0,15%.
Confira a variação mensal do IPCA em 2025:
- Janeiro: 0,16%
- Fevereiro: 1,31%
- Março: 0,56%
- Abril: 0,43%
- Maio: 0,26%
- Junho: 0,24%
- Julho: 0,26%
O que é IPCA
- O IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE. O índice é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic.
- Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
- O IPCA mensura dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
- O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.
- O IPCA referente a setembro será divulgado em 9 de outubro.
A inflação para o mercado
As projeções do mercado financeiro para a inflação deste ano seguem distantes da meta. Porém, nas últimas semanas, as expectativas têm se aproximado dos números do Banco Central (BC) e do Ministério da Fazenda.
Segundo o relatório Focus publicado nessa segunda-feira (8/9), a estimativa dos analistas consultados pelo Banco Central para o IPCA deste ano é de 4,85%. O próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa básica de juros (a Selic) — informou que há 70% de probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida neste ano.